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Visão Diferente - blog de jfilipe

O Administrador e a Inclusão de PPD

por jfilipe

O Administrador e a Inclusão de PPD

Dentro de um quadro desafiador e extremamente complexo encontram-se diversos obstáculos que constitui a realidade das Pessoas Portadores de Deficiência (PPD). Podemos destacar a imensa dificuldade que este tipo de pessoa encontra durante a vida na tenra idade produtiva que são a falta de condições sociais tais como, transporte, educação, emprego, acompanhamento médico e o mais grave de todos que é o preconceito das pessoas e o total descrédito no potencial que existe em cada PPD.

A inclusão do PPD nas atividades econômicas e sociais torna-se uma questão de filantropia. Atualmente no Brasil existem 16 milhões de pessoas portadoras de alguma deficiência, sendo 9 milhões as que estão em idade de trabalhar. Mas somente 2% das PPD's é que realmente atuam no mercado brasileiro, colocando o país em um dos piores lugares em relação ao resto do mundo que emprega de 30% a 40% deste contingente.

Conforme o Decreto Lei n 3.298 de 1999 que prevê a inclusão de PPD nas empresas, onde em cada 100 funcionários as empresas tem que destinar uma cota 2% a 5% que varia conforme o número de empregados, ainda assim existe uma grande resistência por parte dos empregadores em admitir tais pessoas. Muitas empresas não o fazem achando que será muito difícil e oneroso proceder com tais contratações. A maioria acredita que vão ter que fazer muitas modificações em seus processos, em sua rotina de trabalho. Grande engano hoje existe empresas que são especializadas para fazer este tipo de trabalho com a ajuda do próprio PPD. A AVAPE (Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais) e a Paradigma são instituição especializada em apoiar a inclusão de PPD's. O Brasil avançou em termos de garantir os direitos legais das PPD’s ao acesso no mercado de trabalho, mas ainda é muito pouco pela quantidade de empresas existentes e que poderiam aderir à causa.

Mas esta inclusão não pode ser vista apenas como uma forma de atender uma determinação legal ou por motivação ética. Elas têm que absorver os impactos positivos que esta integração pode ocasionar como, por exemplo, o fortalecimento da imagem da empresa, o reforço da cooperação entre funcionários e a humanização do ambiente de trabalho, os quais podem refletir em ganhos de produtividade e convivência. Socialmente falando, garantir a vaga de um PPD em uma empresa, inseri-lo no mercado de trabalho são condições fundamentais, mas não são suficientes para a completa inserção do individuo. É necessário também cultivar, dentro das empresas e nos departamentos, a cultura de ser observarem os indivíduos por seu potencial e não por suas limitações e aproveitar o que cada um tem de melhor no contexto trabalho.

Abrir as portas da empresa para Pessoas Portadoras de Deficiência quebra paradigmas, rompe barreiras que normalmente excluem estas pessoas do processo produtivo. Portanto o Novo Administrador deve ficar atento a estas causas e abraça-las colocando em pratica a verdadeira responsabilidade social, não aquelas escrita em livros para se de decorar. Mas aquela que realmente faz acontecer, que sai da teoria e se volta para a pratica, não com o intuito de se glorificar, mas com a certeza de este empreendedor, administrador, este dono da grande ou pequena empresa esta contribuindo com sua parte para o nosso quadro social.

Luiza Russo, presidente do Instituto Paradigma, instituto que promove a inclusão de PDD’s, usa com frequência uma frase singular para expressar a importância de instalar processos de inclusão nas empresas.
“Não basta construir rampas nas empresas, é fundamental nos preocuparmos também em construir rampas subjetivas nas pessoas”

Fonte:
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-administrador-e-a...