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Ana eu também sou cega e também já passei e ainda passo por situações muito parecidas. às vezes acho que as mentalidades andam para trás e não para a frente, mas tu vais aprender com o tempo a valorizar mais as tuas coisas boas do que as más que te apontam.
Eu sei que esta devia ser uma mensagem encorajadora, mas pelo menos no meu caso, ao longo da vida encontrei muita gente que pensa assim e que não deixa evoluir. Tu tens é que seguir, não desistir nunca, chora, grita, refila, impõim-te, mas não deixes que pessoas que não são melhores que tu te amarguem a vida.
Muitos beijinhos
Ana,
O que você ouviu, jamais deveria ter ouvido de quem quer que seja. Por vezes, falta-nos coragem e é importante que ouçamos uma palavra dura. Dura, porém, respeitosa. É evidente que este não foi o caso e você tem mesmo razão em sentir-se triste. Não se surpreenda, em geral, ouve-se o que há de mais triste dos familiares porque são eles os que estão mais próximos e também aqueles cujas opiniões mais prezamos.
Gostaria que não sofresse e que houvesse qualquer modo mágico de subtrair-lhe esta angústia. Mas sei que as coisas não são assim. Não a conheço mais do que os seus textos tão cheios de alma deixam entrever, mas, ainda assim, ocorreu-me perguntar-lhe: Está convencida de que os outros não lhe apreciam do modo como é, mas você aprecia? Você confia que estão a dizer bobagem sem medida, que se tivessem um pouquinho mais de discernimento estariam a ver a grande Ana que existe de fato, ou você também duvida desta grande Ana? Isto faz muita diferença. Digo-lhe, Ana, que isto faz a diferença de uma vida inteira.
Se você também não acredita, então, todas as palavras lhe doerão com muito mais intensidade porque reforçam aquilo que julga ser verdade e que não deseja ouvir. Oh! Ana, como sei do que está a falar, quantas vezes, ouvi palavras indignas; quantas vezes, a desistência de tudo pareceu-me a única atitude honesta e, ainda assim, aqui estou: tão imune a estas coisas que o passado parece-me um filme antigo.
Mas em que fármaco milagroso o Luís, tão dolorido, curou-se de suas chagas? Atitude e confiança: eis o binômio que tem o poder de mudar vidas. E, de certo, também pode mudar a sua. O primeiro passo é confiar em si, do contrário, cada passo será indeciso, medido, cauteloso demais para que possa vencer os desafios da vida. Se você não confia em si, então, por que estudar? As empresas lhe fecharão as portas. Ninguém lhe dará ouvidos. Todos rirão de si. Não conseguirá a independência, nem financeira, nem afetiva, nem moral. Quem é que pode apostar nos estudos se pensar deste modo.
O primeiro ato revolucionário que devemo-nos impor é a autoconfiança. Não se iluda: Não irá a lugar nenhum sem ela. Se não a tem, procure observar o exemplo daqueles que conseguiram, procure ajuda de amigos, de familiares ou de profissionais. Não tenha medo em reconhecer-se fraca. Todos nós o somos em algum momento. Não é mal confessá-lo. Quisera eu ter a sua coragem e muito mais cedo teria aberto o coração, primeiro passo fundamental para a grande mudança.
Também eu fui muito criticado. Não saía de casa, por isso, meu mundo era muito pequenino. E sem conversar com quem quer que seja, com os pais a falar-me como a uma criança, como é que poderia falar o discurso de pessoa madura? Minha fala, além de tímida, era muito atrapalhada, indecisa e, por vezes, incoerente. Sem uma ou outra cicatriz, não se amadurece o pensamento. Seja porque tinha confiança em mim, ou porque não via outro caminho, o fato é que lutei do único modo que sabia: estudei.
Ana, não pode imaginar o quanto esta atitude, levada ao extremo de um fanático, mudou minha vida. Continuava a crer que poderia não ter nada na vida, mas sentia-me bem em ser valorizado pelos estudos. A princípio, não fui valorizado por nada além disso. Continuava a mostrar a mesma fala indecisa e imatura. De quando em vez, dava-me às rebeldias, mas era vencido com meia dúzia de palavras coerentes. A rebeldia sem confiança e atitude não me valeu de nada, por isso, recolhi-me ao silêncio. Mas o silêncio também nada me trouxe de bom. Quando decidi expor-me, arriscar, os resultados começaram a aparecer. E para cada um deles, comemorei como se fosse o fim. E cada fim era mais um começo. De gota em gota, de atitude em atitude, a vida foi-me tornando mais suave.
Para cada problema que encontrar, procure a solução dentro de si. Não, esta não é filosofia pueril. Apenas parte do pressuposto que a única pessoa que você pode mudar é você mesma. Antes de culpar a qualquer outro, sempre considere a hipótese de que você mesma seja culpada. Examine-a sob todos os ângulos e se considerar que a causa é externa, ainda assim, terá de olhar para dentro de si, pois, se a causa da angústia está fora, a resistência a ela está dentro. Entre todos os enfoques, sempre procure aquele que mais dependa de si. Às vezes, temos tão pouco domínio de nossas vidas que julgamos não ser mais do que areia que o vento para todo lado empurra. Também eu julguei-me grão. Também eu ouvi dizerem-me que era grão, mas insisti na fantasia de que não era; agi como se não fosse e, afinal, já não era. Os grãos se uniram em montes, os montes formaram dunas e as dunas viraram pedra.
Talvez o caminho seja o mesmo para você. Espero que nenhuma de minhas palavras a tenha magoado. Já estou cá a escrever há algum tempo e, de fato, não o estaria se julgasse inútil. Ana, você pode vencer tudo o que hoje lhe angustia. Não está certo dizer que somente depende de si, mas depende principalmente de si. Por isso, confiança e atitude. Estude, estude com vigor... Não é o único caminho, mas é o mais simples. Haverá um momento em que se considerará preparada e, ainda assim, os resultados não virão. É quando mais falará do preconceito. Confundirá o preconceito verdadeiro com a mera desinformação. Quantos empregadores temem dar um posto de trabalho para um cego, com o receio de que, sendo este improdutivo, tenha a dura e desumana missão de demiti-lo? Já houve quem mo confessasse. Ele esteve o tempo todo a ouvir falar de associações de cegos que precisavam de doação porque cegos são desamparados, que se havendo convencido e contribuído, concluira que o cego não tinha o perfil de arrojo que apreciaria em sua empresa. Isto não é preconceito. Julgou que os cegos não tinham competência e o que lhe fora mostrado, mais levava à pena do que à admiração. Mas já há algum tempo, tinha-se convencido do contrário e, por isso, mudara sua atitude. Preconceito é coisa diversa. Por isso, dê muita importância à postura. Mesmo que o coração lhe doa, sua atitude tem de ser positiva, pois não se acredita em quem não acredita em si. De quando em vez, finja-se forte, mesmo que a disposição não lhe estimule a fazê-lo. Será o seu treinamento. Ter confiança é como aprender usar uma nova ferramenta: necessita-se de tempo, uso, erro e empenho.
Sempre que sentir a angústia aflorar-lhe, ponha-a para fora, espere cicatrizar e, depois, exponha-se para ver se realmente cicatrizou. Cada vez que resistir, tornar-se-á mais forte, mais confiante. Não dará o passo indeciso que não leva a lugar algum. Caminhará resoluta e os outros verão que não se abala, que cada obstáculo é destroçado. . Pouco a pouco, num lento conta-gotas a turbulência se esvanecerá e você, Ana, estará aqui, deste lado, a estimular outros que sigam o seu exemplo, que sejam fortes e creiam, porque a filosofia do crer com a ferramenta do agir realmente valem a pena.
Querida Ana, parece-me que sua deficiência em enxergar não lhe tornou cega!
Pelo que sinto, mesmo sem poder ver, vc enxerga muito mais do que essa pessoa de sua família a qual diz.
E sim! Vc está certa! Independente de qualquer tipo de deficiência ou não, ter vergonha de alguém sendo
da família ou não, demonstra além de um grande esgoísmo uma total imbecilidade e despreparo para o novo mundo!
Estamos em época de diversidade, aceitação, união, mistura...
Todos nos complementamos, todos somos importantes de alguma forma.
Se não nos unirmos não teremos força nunca!
Não deixe que seu problema te torne fraca ou te deixe triste.
Vc sabe o potencial que tem e onde já conseguiu chegar.
Tenha certeza que a maior deficiência que existe é a ausência de coração!
Força garota!
Abraços
Acho que esta proposta resolvia todas as questões, tanto para os revisores como para nós, e para a CP tambem, pois eu tenho viajado com acompanhantes para pagar só 50% do bilhete e não os conheço de lado nenhum, dizem só quando passa o revisor que são meus acompanhantes para 0 efeito de 2 em 1 , será que a CP não tem conhecimento disto??
Com esta proposta era simples e não andavamos em enganar niguém, nem com tantas duvidas e discuções, isto é que podia chamar simplex . Tem aqui uma boa oportunidade a CP para agarrar a ideia sem precisar de grandes economistas a trabalhar no projecto, já que não acarreta nehum prejuízo para a CP (como está a lei que vigora actualmente 2 por 1 é igual se passar para 50% o bilhete ´so para o deficiente )
Cumprimentos a todos e bem haja este tipo de discuções para clarificar aqueles menos atentos
Olá Ana!!
Que nome bonito você tem!! lol
Aqui no Brasil as coisas são ainda piores, as ruas não são nem um pouco adequadas aos deficientes visuais.
Mas tenho fé que isso vai mudar!
Um grande beijo para você e muito sucesso na sua vida, porque toda Ana merece muito sucesso!! lol
Beijos.
Meu site:
Peças Automotivas Usadas
E se se apresentasse primeiro à CP uma proposta para obtermos desconto de 50% ou mais nos transportes da CP sem mexer na lei dois por um. Ou seja, propunha-se uma lei para que as pessoas portadoras de deficiência tivessem desconto quando viajassem sós, não se mexendo na lei já existente.
Claro que isto seria uma primeira fase, pois a CP pode alegar que a lei dois por um é já existe e é suficiente. Então, face a essa alegação, poder-se-ia passar a uma segunda fase onde se proporia a alteração da lei dois por um.
Assim, não seria necessário mexer na lei, atingindo-se na prática os mesmos objectivos.
Pois Filipe mesmo dizendo a pessoa que está abender os belhetes na estação que levo acompanhante eles dizem para tirar o mesmo no comboio.....
Marciel
Marciel.
Antes de mais muito obrigado por participares nesta discussão.
Relativamente a esta tua mensagem permite-me dizer o seguinte.
Se vais viajar acompanhado deves comprar o bilhete antes de entrar no comboio como fazem os restantes concidadãos. Ou compras nas máquinas de venda automática, ou nas bilheteiras da estação. O funcionário da bilheteira não te pode negar a venda do bilhete. Provavelmente ele poderia pensar que sendo duas pessoas cegas viajariam com dois bilhetes, e como as pessoas cegas estão dispensadas de comprarem os bilhetes antes de entrarem no comboio ele disse que podiam comprar o ingresso abordo. Mas, se tu vais usufruir de acompanhante aí penso eu terás mesmo de comprar o bilhete antes de entrares no comboio porque o acompanhante é precisamente para fazer aquilo que os deficientes por este ou por aquele votivo não conseguem fazer.
Relativamente à interpretação da lei como te disse eles refugiam-se com a tal norma interna. Com um pouco de persuasão acho que as pessoas conseguem convencer os revisores que essa norma não faz sentido, mas também é verdade que à alguns que são quadrados. À que utilizar bem os argumentos e ser paciente.
Isto enquanto a lei não seja alterada. Eu próprio estou a redigir um documento para enviar ao conselheiro da cp para as pessoas com necessidades especiais.
Um abraço.
Filipe
Amigos já viagei acompanhado por uma pessoa ambliupe e a lei foi aplicada de duas formas.
Ou seja existiam revisores que aceitavam a sertidão e outros não ou seja uma vez tirava só um belhete outras vezes eles emplicavam e lá tinha que tirar dois....
Mais quando ia com essa pessoa sempre nas estações quando iamos tirar o belhete diziam sempre para tirar no comboio quando chegava ao comboio o revisor dizia que o belhete tinha que ser tirado na estação.
Agora pergunto onde e quem tem razão o revisor ou a pessoa que está na belheteira da estação?
Marciel
Tadeu.
A lei propriamente dita não impede de facto um cego de acompanhar outro cego. Aquilo que geralmente os revisores da Cp se baseiam é num documento interno da empresa, que diz que uma pessoa deficiente não pode acompanhar outra.
Aquilo que me contaram, e portanto devo desde já dizer que não sei se é verdade, nem se a história foi assim como eu vou dizer, é que em Lisboa dois cegos viajara beneficiando da tarifa dois por um,e que no final exigiram ajuda para desembarcar, e o revisor recusou a dar a ajuda porque uma das pessoas já estava a ter acompanhante.
E então os dois cegos fizeram queixa do revisor, e por isso a Cp decidiu emitir a tal norma interna que proíbe que duas pessoas cegas se acompanhem uma à outra.
Bom aqui à duas coisas.
A primeira, mesmo com a possível crueldade do revisor, ele tem toda a razão. Se um cego está a usufruir de um bilhete gratuito para o acompanhante não faz sentido que depois a empresa ainda tenha de prestar ajuda.
Segundo, esta história não era justificação para a cp emitir a tal norma interna. Era muito mais correcto e justo dizerem que, quando um deficiente fosse acompanhado por outro deficiente não podia requisitar qualquer espécie de ajuda. E aí eu não tenho argumentos para dizer que a Cp está a agir mal.
Claro que neste país à tanto benefício que ninguém percebe muito bem o porquê da sua existência, mas não é argumento para defendermos o que quer que seja.
Abraço.
Filipe.
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